Perla, a cachorrinha poderosa.

Hoje nós vamos falar sobre o livro “Perla, uma cachorrinha poderosa”. Através de uma ilustração belíssima feita por Sandy Rodriguez, e da história envolvente da incrível e renomada escritora Isabel Allende, viajamos para o peculiar e único mundo da Perla, uma cachorrinha que estava em um abrigo para adoção.

DE 6 A 8 ANOS

3/9/20253 min read

Hoje, vamos falar sobre o encantador livro Perla, uma Cachorrinha Poderosa. Com uma ilustração belíssima de Sandy Rodriguez e a história envolvente da renomada escritora Isabel Allende, somos transportados para o peculiar e único mundo de Perla, uma cachorrinha que está em um abrigo à espera de adoção.

A história começa com o processo de aceitação de Perla sobre seu nome. Ela nos revela que, inicialmente, queria ser chamada de Gigi, mas logo descobriu que as pérolas são as joias preferidas dos piratas, e foi então que passou a amar seu nome. Embora o livro comece no ambiente de um abrigo para cães, Isabel Allende confere a Perla uma personalidade vibrante e otimista.

Apesar do abandono e de não ser uma cachorrinha de raça, Perla reconhece seu próprio valor e seu imenso potencial. Ela sabe que possui superpoderes: a capacidade de ser amável e, ao mesmo tempo, a coragem de se posicionar com força diante da vida. Esses atributos transparecem claramente nas páginas do livro, tornando Perla uma personagem inspiradora para todas as idades.

Essa é uma reflexão valiosa para compartilhar com as crianças: ninguém escolhe o lar em que nasce, nem a condição socioeconômica da família. O que podemos mudar é a forma como olhamos para as situações da vida e para a nossa própria realidade. Assim como Perla, todos nós temos um superpoder, e podemos usar essa força interior para enxergar as coisas de diferentes perspectivas.

Perla usou seu primeiro superpoder para conquistar o menino Nico. No primeiro encontro deles, Nico se apaixonou por ela. Mesmo com a família dele em busca de um cão maior, um cão de guarda, Perla foi a escolhida. Seu primeiro superpoder é ser doce e amável, uma qualidade que a torna irresistível. Ela é tão encantadora que até divide seu espaço com a gatinha Lucy, ajudando a espantar os ratos.

Perla acredita que possui um segundo superpoder: o de rugir como um leão. Embora seu pequeno tamanho nos faça questionar esse poder, o mais importante é que ela acredita nele com toda sua força – e isso, sem dúvida, faz toda a diferença. A confiança que ela tem em si mesma é o que realmente a torna poderosa.

Nico confia em Perla e revela que está sofrendo bullying na escola. Um menino a persegue, empurrando-o e xingando-o, e Perla se vê impotente diante dessa situação. Esse momento da história oferece uma excelente oportunidade para conversarmos com as crianças sobre episódios de violência, que às vezes presenciamos em nossas vidas, e sobre como podemos nos posicionar diante disso.

Muitas vezes, as crianças se tornam alvos de agressões ou percebem que algum amigo está sendo perseguido, mas não têm o repertório necessário para falar sobre o que está acontecendo ou procurar ajuda de um adulto. A leitura de histórias como essa pode ser um momento importante para a criança se sentir à vontade para se abrir e compartilhar o que está vivenciando.

Assim, podemos auxiliar na resolução de um conflito ou até mesmo encaminhar a situação para a escola, a fim de relatar o que está acontecendo e buscar apoio. O importante é ajudar as crianças a entenderem que não estão sozinhas e que é possível pedir ajuda para resolver essas questões.

Perla vive um momento de grande perigo no parque quando um cachorro muito maior que ela corre em sua direção com a intenção de atacá-la. Os adultos ficam apreensivos, temendo que Perla se machuque, mas ela ativa seu segundo superpoder. Com coragem, Perla solta o rugido mais aterrorizante que consegue, fica com o pêlo eriçado e o cachorro foge. Nico, ao observar essa cena, ganha coragem para enfrentar o menino que o intimidava na escola.

Determinado, Nico começa a treinar com Perla o rugido de leão até que, um dia, ele se sente forte o suficiente para enfrentar o valentão. Com um rugido feroz e até ameaçando morder, Nico corre atrás do menino, que, assim como o cachorro no parque, acaba indo embora. Afinal, valentões são, na verdade, covardes.

É importante entender que enfrentar a violência com mais violência nunca é a melhor solução, mas, às vezes, tudo o que precisamos é enfrentar a violência com coragem. Precisamos saber que tamanho nem sempre é sinônimo de força e que ninguém tem o direito de nos agredir, xingar ou empurrar. Nesses momentos, podemos ativar nosso "superpoder de leão" e mostrar a esses valentões que eles não são nada além de bobões. Esse é o verdadeiro superpoder de enfrentar e lutar contra as injustiças.

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